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Imagine que você está no corredor de seu supermercado favorito, bombardeado com centenas dos melhores e mais recentes produtos. Depois de pegar um pacote com sua massa favorita da prateleira, você nota uma nova versão orgânica do molho de espaguete que você costuma comprar. Surpreendentemente, o preço é quase 50% mais caro em comparação com o custo do molho usual.
Lá vamos nós de novo, você pensa: Tenho que esvaziar a carteira para comprar as coisas “saudáveis”. Se isso descreve como você pensa sobre a relação entre saúde alimentar e preço, você não está sozinho. Essa crença é tão difundida que dicas sobre como comer alimentos saudáveis com um orçamento apertado estão por toda parte, o que implica que a maioria dos consumidores pensa que essa é uma tarefa realmente difícil.
A última década viu uma maior atenção da mídia sobre dieta saudável, e as histórias sobre o custo de uma alimentação saudável também estão aumentando, todas influenciando a percepção de todos os públicos. Todavia, medir a relação entre saúde e preço dos alimentos é difícil, pois pode ser avaliado de várias maneiras, desde o preço por caloria até o preço por porção média.
Comprando alimentos saudáveis
Então, quão difundida é a visão de que saudável é igual a caro e por que a maioria das pessoas pensam assim?
Em estudos publicados recentemente no Journal of Consumer Research, descobrimos que os consumidores tendem a acreditar que os alimentos saudáveis são de fato mais caros. Embora isso possa realmente ser verdadeiro em apenas algumas categorias de produtos, descobrimos que muitos consumidores tendem a acreditar que essa relação se mantém em todas as categorias, independentemente das evidências.
No geral pensa-se ter uma teoria leiga, ou uma intuição, de que alimentos saudáveis são mais caros. As discussões sobre desertos alimentares – áreas geográficas de baixa renda com acesso limitado a alimentos nutritivos a preços acessíveis – também sugerem que os alimentos saudáveis são de fato mais caros do que os não saudáveis.
Alimentos nutritivos por um preço acessível
O mercado e a mídia parecem ter ensinado a maioria dos brasileiros a esperar que os alimentos com propriedades especiais para a saúde tenham um preço “premium”. Embora esse seja o caso em alguns alimentos, como os orgânicos, em outros casos, uma relação geral positiva entre preço e salubridade pode não existir.
Uma teoria leiga, em psicologia, é o termo para a crença de um não especialista sobre como o mundo funciona. Podemos ter teorias leigas sobre como tudo funciona, desde o autocontrole à inteligência; essas teorias leigas influenciam como nos comportamos.
Outra repercutida teoria leiga sobre os alimentos é: por exemplo, acreditar que alimentos não saudáveis são mais saborosos, independentemente de isso ser objetivamente verdadeiro.
Alimentos não tão saudáveis, porém saborosos
Mudando hábitos cedo
A Organização Mundial de Saúde afirma: a obesidade é um dos mais graves problemas de saúde que temos para enfrentar. Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30.
No Brasil, essa doença crônica aumentou 67,8% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018. Diante dessa prevalência, vale chamar a atenção que, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde, a obesidade voltou a crescer entre nós após uma breve trégua. Entre 2015 e 2017, ela ao menos se manteve estável em 18.9%.
A maior taxa de crescimento foi entre adultos de 25 a 34 anos (84,2%) e de 35 a 44 anos (81,1%). Hoje, no país, 20,7% das mulheres têm obesidade e 18,7% dos homens.
Obesidade em adultos
Já em relação à obesidade infantil, o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana da Saúde apontam que 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade têm obesidade, assim como 7% dos adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos.
A geração mais jovem é especialmente afetada por alimentos com alto teor calórico e baixo valor nutritivo. Altos níveis de açúcar, gordura e sal aumentam o risco de diabetes tipo 2 e doenças cardíacas nas crianças, sem mencionar a extração dentária.
Talvez o mais preocupante seja o fato de os hábitos formados na infância parecem durar por toda a vida. Isso é uma tragédia porque esses problemas são evitáveis. É possível comer de forma saudável por menos – muito menos – do que o preço de um sanduíche. O cerne da questão não é o custo, mas sim o conhecimento, as habilidades e o tempo.
Alimentação saudável na infância
Estamos cada vez mais condicionados a pensar que os alimentos saudáveis são caros, por causa do preço da carne, do peixe e dos laticínios, do aumento dos “superalimentos” e do custo mais alto dos produtos orgânicos. No entanto, alimentos nutritivos não precisam custar à Terra.
Os smoothies de sementes de chia são um luxo caro; a alimentação básica – cenoura, lentilha, batata – é barata como batata frita, salgadinhos ou biscoitos recheados. Esses são hábitos precisam ser trabalhados desde a primeira infância, para evitar futuros problemas de saúde.
Mas uma dieta saudável custa mais?
Dieta saudável com alimentos naturais
A equipe da Escola de Saúde Pública de Harvard (HSPH) conduziu uma meta-análise de 27 estudos de 10 países de renda mais alta que compararam os pontos de preços para dieta saudável e dieta menos saudável. Eles estudaram as diferenças de preço por porção e por 200 calorias para uma variedade de alimentos específicos, bem como preços por dia e por 2.000 calorias, que é a ingestão calórica diária média recomendada para adultos no Brasil.
Os resultados confirmam que alimentos mais saudáveis, como frutas, vegetais e peixes são mais caros do que alimentos não saudáveis como refeições e lanches processados e grãos refinados. Isso porque as políticas alimentares atuais apoiam a produção barata, mas em alto volume, e favorecem alimentos facilmente manufaturados e processados que fornecem mais lucro por unidade para a indústria de alimentos.
No entanto, trocar alguns desses alimentos menos caros e menos saudáveis por outros mais frescos e nutritivos somou apenas cerca de R$ 1,50 a mais por dia.
No hortifrúti é possível encontrar alimentos saudáveis e baratos.
Isso pode não ser um problema para alguns, mas os autores do estudo reconhecem que as pessoas com rendas mais baixas podem não ser capazes de arcar com o custo adicional. Mas, eles esperam, a pequena diferença pode colocar alimentos mais nutritivos ao alcance de mais pessoas, se os programas alimentares não forem tão desencorajados pelo alto custo percebido de comer melhor.
Em última análise, no entanto, os pesquisadores sugerem que são necessários sistemas de produção que tornem os alimentos saudáveis mais econômicos de produzir e, portanto, mais alinhados com os preços dos alimentos processados. Dessa forma, alimentos mais saudáveis podem se tornar mais acessíveis, os custos com saúde para doenças crônicas relacionadas a dieta inadequada também podem começar a cair.
Dicas para economizar na dieta
Substitua a carne por outras proteínas
Troque a carne por outras proteínas
Comer menos carne pode ser uma boa maneira de economizar dinheiro. Experimente passar um ou dois dias por semana usando outras fontes de proteína, como legumes, sementes, ovos ou peixe enlatado. São todos muito baratos, nutritivos e fáceis de preparar. A maioria deles também tem uma vida útil longa e, portanto, é menos provável que se estraguem rapidamente.
Coma mais vegetais
Carnes e peixes são normalmente os ingredientes alimentares mais caros de uma lista de compras. Que tal adicionar vegetais a pratos de carne, como caçarolas, para fazer suas refeições irem mais longe? Ou experimente algumas refeições vegetarianas durante a semana para manter os custos baixos.
Verduras de safra
Cozinhe com leguminosas
Leguminosas, como feijão, lentilha e ervilha, são alguns dos alimentos mais baratos nas prateleiras dos supermercados. Essas leguminosas são baixas em calorias e gordura, mas repletas de fibras, vitaminas e minerais. Use-os em pratos para substituir parte do frango ou da carne, como chili com carne com feijão ou frango ao curry com grão de bico.
Quando o produto está na estação, é mais barato, bem mais saboroso e nutritivo.
Antes de começar esta nova dieta, siga – nos nas redes sociais, lá você vai encontrar alimentos saudáveis e naturais, e muitas dicas úteis para te ajudar neste processo.